terça-feira, 26 de maio de 2009

Conhece bem a ti e a teu inimigo...


De passarinho a morcego,
de luz a sombra
de feliz pra triste
de certo pra errado.
O que há em nós mais oculto, o que menos queremos mostrar - é o que há pra trabalhar.
Qualquer deslize vira coisa séria - só mesmo proteção para não machucar.
Fazer de nossos erros os acertos, pois senão de que adianta viver e tentar?

Ao enfrentar nosso lado esquisito - aquele mesmo, que a gente não quer que ninguém veja - nos tornamos mais fortes e limpos. Sendo apenas como somos (parece redundante, mas não é) e permitindo aos outros o serem também, julgamos menos e aceitamos mais. Mas atenção, aceitar é diferente de acomodar...
Acomodar significa esconder e negar.
Aceitar significa admitir nosso lado belo e o sombrio, para assim ter o poder de saber como enfrentar o que não queremos. Em "A Arte da Guerra", Sun Tzu disse: "Conhece bem a ti e a teu inimigo." Pois bem, minha interpretação da famosa frase chinesa é que nossos inimigos são única e exclusivamente nós mesmos... Os outros e as circunstâncias são apenas espelhos daquilo que não gostamos em nós.

O que somos mesmo, nossa verdadeira essência, é o que há de mais puro... Conhece a ti e entenderá. Na verdade é tudo uma coisa só, devemos buscar a harmonia - sem negar a dualidade de nosso estado atual. Só assim Seremos... Humanos.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Para mulheres - Antes de Voar! (Águeda Pacheco)



Antes de voar, eu podia fazer minhas unhas toda semana e assim (bem feitas) elas permaneciam até a próxima sessão com a manicure. Eu bebia menos cerveja e controlava mais a minha alimentação.

Antes de voar, eu não me importava com a chegada de frente frias e muito menos com as formações de grandes nuvens, a não ser que fossem estragar minha chapinha ou meu dia de bronze no clube...Minha mochila era menor, meu carro limpinho, e meu cabelo impecável aos finais de semana. Bota não era pesada, vento só servia pra bagunçar fazendo minha saia voar...

Antes de voar, lift pra mim era uma espécie de cirurgia plástica ,
linhas e tecidos eram assuntos que eu tratava somente com costureiras e não com homens barbudos que sabem mais sobre isso do que eu (a não ser que fossem gays),
air-bag era apenas acessório de carro
e reserva aquele absorvente que fica sempre na bolsa para casos de urgência...

Mas antes de descobrir o vôo...
Eu não caminhava olhando pro céu, sentindo uma onda de integração e de vontade de estar ali,
Eu tinha poucos amigos tão irmãos,
Menos contato e respeito para com a natureza...
Eu achava que conhecia meus limites e medos, e não procurava enfrentá-los de maneira positiva,
Eu não sentia aquela emoção e sensação de plenitude que só quem é metade humano/ metade pássaro pode sentir...
Enfim,
Depois que tirei os pés do chão, comecei a perceber o que realmente era mais belo na vida... E tudo aquilo que não era foi deixado para trás, ou melhor, no chão...

A partir de então, peço que eu possa usar esse deslumbramento que o vôo me traz com serenidade e discernimento. Que o ato de voar faça-me esquecer de coisas levianas que ás vezes me prendem aqui embaixo, mas que eu não use disso como fuga e que eu não me esqueça de outras coisas – principalmente de pessoas – que são importantes para mim, mas que não compartilham do meu esporte... Cada um tem seu caminho – ainda bem que o meu é no ar! ;)

Enfim, bom vôo a todas – e todos !!!


terça-feira, 12 de maio de 2009

Oração Lakota


Wakan Tanka, Grande Mistério,
ensina-me a confiar
em meu coração,
em minha mente,
em minha intuição,
em minha sabedoria interna,
nos sentidos de meu corpo,
nas bençãos do meu espírito.
Ensina-me a confiar nestas coisas,
para que possa entrar em meu Espaço Sagrado
amar além do meu medo,
e assim Caminhar com Beleza
com a passagem de cada Sol glorioso.


Paz, Luz e Vida no Caminho.
Sabedoria e Prosperidade na Jornada.


quarta-feira, 6 de maio de 2009

Em nossas mãos.


Ao nascer, recebemos um presente - livre-arbítrio. Isso significa que toda e qualquer escolha que fizermos, determinará quem somos e para onde vamos. Mas será que realmente sabemos o que profundamente desejamos, ao ponto de fazermos estas escolhas conscientemente, ou simplesmente nos deixamos levar pelas circunstâncias da vida? Admitir e aceitar que somos inteiramente responsáveis por tudo aquilo que passamos, não é tarefa fácil. Mesmo quando compreendemos (racionalmente) nosso poder de criação, parece sempre ter algo que nos leva a pensar que somos vítimas. "Se eu morasse em outro país, minha vida seria outra", "Ah, mas o governo", "Mas minha família não aceita", "Fui criado assim", e o mais incrivelmente conformista de todos : "Sempre fui assim e pronto, não mudo mesmo"... Quantas vezes temos que passar pelas mesmas situações, que a vida pacientemente coloca no nosso caminho, para prestar atenção na nossa responsabilidade perante nossa própria vida? Destino é a gente quem faz, podemos mudá-lo a quaquer instante, basta querer e observar dentro do nosso coração - quem somos e o que realmente queremos. Carmas podem ser transmutados, que injustiça seria se pudéssemos resgatá-lo somente pela dor, e não com a opção de fazê-lo pelo amor.

Quando nos tornamos não protagonistas, mas autores de nossa própria história, tudo faz mais sentido. Aprendemos nossas lições com mais clareza, simplesmente nos perguntando : "Por que é que me fiz passar por isso?" ou "Por que estou criando esta situação novamente?". Fácil não é, mas se contarmos uns com os outros para nos entender, e dessa maneira entender o mundo, tudo fica melhor . Aliás, não nos enche de energia pensar na vida como uma grande aventura? Com lições a serem aprendidas, pessoas a serem encontradas, coincidências a serem observadas... Tudo fica mais divertido - e verdadeiro.
Beijos a todos que lêem minhas reflexões e devaneios! rsrs,
Águeda.
obs: Quero dedicar esse texto de hoje pra Aninha. =)
Numa conversa sobre este assunto conseguimos entender e esclarecer muitas coisas dentro de nós, e daí veio a minha inspiração pra escrevê-lo! Beijos amiga!